domingo, 18 de maio de 2014

Quando chega o amor


Quando chega o amor, fico mudo!
Embarga meu mundo, incompleto e sem razão,
Caixa cheia de fragmentos e momentos de emoção.
Um deserto cheio de oásis e miragens sem fim.
Indecifráveis sussurros enchem meus ouvidos
Repletos de ternura em arrepios na tez!

Quando chega o amor, eu mudo!
Muda meu jeito, cor, e fração.
Metade cabeça, metade coração.
Ah, como varia meu humor e meu jeito de ser!
Sensação de eterno, dúvida de ser em vão.
Paraliso, corro,  caminho, saio do rumo!

Quando chega o amor, sou tudo!
Tudo demais, tudo de menos.
Espaço vazio de resto,
Espaço cheio de “tudo” que desconheço.
Ameaçado pelo tempo e perene,

Ah o amor! Eterno, efêmero, brusco!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013




Minha constelação


Minha constelação tem duas estrelas
tão brilhantes e serenas que inebriam.
Espalham luz no meu universo, e
me carregam por galáxias exuberantes.

Minha constelação tem duas estrelas
únicas, soberbas, sorridentes.
Que sonham e me abraçam incessantemente
e o meu coração brinca pelo vento.

Minha constelação tem duas estrelas
simplesmente encantadoras.
Paralisam meu mundo, me viram pelo avesso,
envolvem e invadem meus sentimentos.

Minha constelação tem duas estrelas
com sorrisos escancarados e cócegas derradeiras,
acenando para a felicidade a todo o momento,
e, por fim, eu as amando loucamente.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Outros Caminhos 

Devemos caminhar ao lado do criador, observando a manifestação de sua grandeza nas coisas mais singelas do cotidiano. Não deixar passar depercebido nem uma leve brisa que toca nosso rosto, pois esta simples brisa é a pura e escancarada revelação da glória de Deus. 

Devemos sim, agradecer a todo instante a beleza da vida, da natureza, do amor, da amizade e procurar sermos pessoas melhores, para tanto precisamos de um relacionamento direto com o criador de todas as coisas. 

Enlevar nossos corações a Deus, abre sempre outros caminhos para percebermos a majestade dele e que geralmente estão nas coisas mais comuns, como um “bom dia” com um sorriso a um desconhecido ou na atenção dada a família depois de um dia estressante de trabalho. 

Cada passo em direção ao “amanhã” é conhecido e controlado por nosso Pai, que com grande amor nos supre todos os dias começando pelo ar que respiramos, por isso, trilhar o caminho da alegria, da verdade e do amor tem que ser o nosso maior objetivo. 



Outros caminhos

Tantos são os caminhos que se apresentam
E os percalços sempre a nos fazer tropeçar,
Mas quando cansados das duras pedras,
Buscamos em Deus um novo despertar
Para nos realizarmos num amanhã diferente,
Entre a vaidade do querer e o verdadeiro amar.

De repente uma luz no caminho se acende
No coração que ansiava uma vida abundante,
Palavras são estampadas no fundo dos olhos
E o brilho antes ausente, se torna constante
Quando as palavras vindas do Pai trazem a vida
Se tornam valiosas e eternas como diamantes.

Que contentamento ao sentir o amor de Deus!        
Em outros caminhos que se abrem à nossa frente,
Cheios de júbilo passam a ser os dias
Na alegria do amor de Deus que é latente,
Passo a passo tudo se transforma,
Porque nos tornamamos mais contentes.

No vigor da fé que preenche a alma
O trilho ofertado é seguro e certo
A paz que invade o coração arrebata
Exultando o amor por completo,
Seguir adiante deleitando no caminho
Sentindo que de cuidado estamos cobertos.


terça-feira, 17 de maio de 2011

Tanto prazer


Cada dia é único,
É tanto prazer estar vivo
Sentir o sol... e a chuva, porque não?
Os pássaros quando acordam,
E o toque das mãos...
Lembrar o sonho remoto
Da noite que acabou.

Cheiro de café,
É tanto prazer.
O gosto, o gesto, o beijo.
O futuro próximo incerto,
E que faz querer viver....

Tanto prazer é ouvir
A festa da vida no presente,
Palavras sortidas e tudo o mais,
Os sons brilhantes das estações
Com suas respectivas cores e emoções!

É tanto prazer escrever
em um papel qualquer,
Uma expressão de amor ou saudade
Ou amizade pra valer...
Sorver um livro, viver um romance
E nunca esquecer que se pode ter,
Tanto prazer!

terça-feira, 1 de março de 2011

Urgência

Vou descer ladeira abaixo
Para ver se te acho,
Num canto escondido da rua
E te dizer que estou na sua.

Levo comigo doces sonhos,
Promessas, beijos, marzipã,
Batuque, biquíni, bandeira
E canção do Djavan.

Se quiser me espere ali ao lado,
Junto a uma mangueira qualquer
Que te quero bem assanhado,
Hoje serei sua mulher.

Num amasso efêmero e indecoroso
De pura volúpia e despudor,
Fazer com que os olhos extasiados
Se encham com nosso amor.

Vou te beijar com a urgência,
De um abraço saudoso,
Entregar-me numa viagem breve,
Explodindo todo o nosso gozo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E chega 2011 com toda sorte de promessas e desejos. Este ano vou fazer isso e aquilo... é o que todos dizem e realmente o querem, mas de repente nos deparamos com a rotina e muitas das promessas vão ficando pra trás...
Ok, façamos o seguinte, vamos desejar, prometer, enfim, vamos sonhar, mas nunca, nunquinha mesmo, vamos deixar de ter prazer de viver, combinado?
Feliz 2011...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Poemínimo...


S.Ó.S

A chuva solene
Não desmente
Minha solidão.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Tempo


O ponteiro corre apressado
Atravessa a madrugada em sono,
As horas não perdoam
E surge mais um dia de outono.

O tempo às vezes é inimigo,
Apaga o calor e mata o amor
Aumenta a saudade
Do amigo fiel que parte.

O tempo é desleal
Estragou o meu jornal
Destruiu meu ideal
Acabou meu carnaval.

A vida é submissa
Vive a mercê do tempo,
Quando passa depressa
É motivo de lamento.

Traz rugas e não perdoa
Leva consigo os entes queridos,
Se longo, enfraquece os corpos,
Mas mantém a alegria dos validos.

Se passa devagar, nota-se ligeiro
Que devagar é mero engano,
Que as estações se foram
E já chegou final o ano.

Mas, ele também é meu amigo,
Apaga mágoas e decepções
Cria novas possibilidades
De encontrar outros corações.

Vai tempo, não perca seu tempo
Segue teu caminho de contradição
Que o passado de ontem,
Já virou saudosa tradição!

Letra sobre letra


Não ficará letra sobre letra
Só papel com uma digital
Fotografia da sociedade burra
Sem carteira, lousa ou “mobral”

Aqui jaz uma inocente pátria,
Numa tumba sem educação
Cheia de mortos do entendimento
Extenuando a esperança do coração.

Onde esta a poesia ao alcance da mão?
Seja branca ou com rima qualquer,
Belas estórias de faz-de-conta,
Em uma literatura bem-me-quer...

Não há incentivo para nossos infantes
De forma eloqüente e criativa
Dão internet, mp3, vídeo-games,
Mas não sensibilidade para uma vida ativa.

Este é o futuro que chegou!
E abertas ainda estão muitas feridas
Nas fundas rugas e dedos atrofiados
Memórias se perderam esquecidas.