quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os amores do poeta


De livros e amores vadios vive o poeta, dias a fio.
Para Inácia verseja com pura audácia,
Se improvisa mais uma trova,
Diz a Luiza que do seu amor é a prova.
Joana já não se engana,
Mas vive a esperar do trovador uma mudança
Que não vem por causa da Constancia,
Que ignora as palavras ditas outrora,
Pois, no fundo sabe que são para Aurora.
Aurora desconhece a flama do menestrel,
Que neste instante se deslumbra por Isabel.
Com tantas paixões lascivas em redor
Discorre intenso o amante trovador,
Que jura em perene ladainha
Eternizar sua adoração pela singela Maria.