terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Tempo


O ponteiro corre apressado
Atravessa a madrugada em sono,
As horas não perdoam
E surge mais um dia de outono.

O tempo às vezes é inimigo,
Apaga o calor e mata o amor
Aumenta a saudade
Do amigo fiel que parte.

O tempo é desleal
Estragou o meu jornal
Destruiu meu ideal
Acabou meu carnaval.

A vida é submissa
Vive a mercê do tempo,
Quando passa depressa
É motivo de lamento.

Traz rugas e não perdoa
Leva consigo os entes queridos,
Se longo, enfraquece os corpos,
Mas mantém a alegria dos validos.

Se passa devagar, nota-se ligeiro
Que devagar é mero engano,
Que as estações se foram
E já chegou final o ano.

Mas, ele também é meu amigo,
Apaga mágoas e decepções
Cria novas possibilidades
De encontrar outros corações.

Vai tempo, não perca seu tempo
Segue teu caminho de contradição
Que o passado de ontem,
Já virou saudosa tradição!

Nenhum comentário:

Postar um comentário