O ponteiro corre apressado
Atravessa a madrugada em sono,
As horas não perdoam
E surge mais um dia de outono.
O tempo às vezes é inimigo,
Apaga o calor e mata o amor
Aumenta a saudade
Do amigo fiel que parte.
O tempo é desleal
Estragou o meu jornal
Destruiu meu ideal
Acabou meu carnaval.
A vida é submissa
Vive a mercê do tempo,
Quando passa depressa
É motivo de lamento.
Traz rugas e não perdoa
Leva consigo os entes queridos,
Se longo, enfraquece os corpos,
Mas mantém a alegria dos validos.
Se passa devagar, nota-se ligeiro
Que devagar é mero engano,
Que as estações se foram
E já chegou final o ano.
Mas, ele também é meu amigo,
Apaga mágoas e decepções
Cria novas possibilidades
De encontrar outros corações.
Vai tempo, não perca seu tempo
Segue teu caminho de contradição
Que o passado de ontem,
Já virou saudosa tradição!
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